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Historial da Instituição

​A Casa da Primeira Infância, de Loulé, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (I.P.S.S.), de Utilidade Pública, sem fins lucrativos, fundada a 10 de Junho de 1945, cuja constituição se encontra publicada em Diário da República n.º 217, III Série de 21/09/81.



No início do século XX, a assistência social era inexistente em Loulé o que muito dificultava a vida das mães que necessitavam de trabalhar e não tinham onde deixar os seus filhos de tenra idade. Para além deste problema, existiam, também outros relacionados com as crianças abandonadas, os chamados “expostos”, bem como com as crianças oriundas de famílias carenciadas.

Nessa altura, a assistência às crianças abandonadas era feita pelo município, através do pagamento de amas, de tratamentos realizados pelos médicos municipais e do fornecimento de medicamentos gratuitos até aos 8 anos.



Graças à existência de pessoas de boa vontade, muito preocupadas com o bem-estar do próximo e a ajuda aos mais carenciados, principalmente as crianças, nasce em Loulé a primeira associação de solidariedade social criada no período pós guerra no concelho e no Algarve, denominada “Casa da Primeira Infância”, também conhecida como “Creche de Loulé” ou ainda “Centro de Assistência Polivalente de Loulé”, tendo sido a primeira comissão administrativa constituída Dra. Maria José Soares Cabeçadas Ataíde e Ferreira (Presidente), Sr. João Farrajota Alves (Tesoureiro), D. Ivone Maria Pacheco Magalhães Pinheiro (Primeiro Vogal) e D. Solange Vila Lobos Carvalho Santos (Segundo Vogal).

Assim, surge a “Casa da Primeira Infância” que tinha como linhas principais de orientação: proteger, amparar, alimentar e tratar da saúde de crianças pobres, enquanto as mães se ausentavam por motivos de trabalho.

 

Dr.ª M.ª José Soares Cabeçadas Ataíde e Ferreira

Fundadora da Casa da Primeira Infância

Dr.ª Catarina do Carmo Pinto Farrajota

Primeira Directora da Casa da Primeira Infância

Objetivos da Casa da Primeira Infância

- Apoiar a família e colaborar com esta numa participação efectiva no processo educativo da criança;

- Promover o desenvolvimento físico, emocional, intelectual e social da criança, quer através de experiências individuais quer em grupo, adaptadas à expressão dos seus interesses;

- Assegurar os cuidados de higiene e alimentação adequados à idade das crianças;

- Proporcionar vivências diversificadas de acordo com os interesses e expectativas das crianças, como forma de integração social;

- Desenvolver a auto – estima e a comunicação na criança.

- Detectar deficiências físicas, psicomotoras, sócio-afectivas, social e culturais, despistando inadaptações e deficiências;

- Fazer a articulação entre o Jardim-de-Infância e o Ensino Básico, de modo a que todo o processo de desenvolvimento sócio-educativo e da personalidade da criança, tenha continuidade, permitindo assim uma maior rentabilidade no seu processo educativo;

- Proporcionar às crianças momentos de socialização, de forma a vivenciar novas experiências;

- Prevenir situações de marginalização infantil através de uma actuação adequada;

- Ser agente de divulgação da realidade que é a infância e dinamizador de acções de bem-estar e de desenvolvimento das crianças;

- Integrar a família para que esta tenha um papel activo e responsável na Educação da criança;

- Educar a criança para uma sociedade em permanente mudança;

- Desenvolver o espírito crítico e a autonomia da criança.



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